Na iminência de um surto de Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus (Covid-19), cerca de 60% dos municípios brasileiros – nos quais vivem 33,3 milhões de pessoas – não têm nenhum respirador disponível em suas unidades de saúde. Esse “deserto de assistência” se concentra, em grande parte, nas regiões Norte e Nordeste.

O equipamento é essencial para o atendimento de pacientes graves da epidemia. A informação é resultado de um cruzamento feito pelo UOL com dados do DataSUS (Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde) e do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O levantamento mostra que o país tinha em janeiro 61.219 respiradores e ventiladores em funcionamento. De acordo o Ministério da Saúde, 43.733 deles estão à disposição de pacientes do SUS.

Sua distribuição, contudo, é bastante, desigual. Enquanto no Rio e São Paulo há um equipamento para cerca de 2.400 habitantes, em estados do Norte e Nordeste essa proporção chega a triplicar: no Maranhão a proporção é de um respirador para cada 6.668 pessoas; no Piauí essa proporção é de um para cada 7.226 pessoas; e chega a um equipamento para cada 8.997 pessoas no Amapá —quase três vezes mais do que nos dois estados do Sudeste.

O equipamento faz parte do kit para a criação de leitos de UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) e serve para dar suporte a pacientes com dificuldades respiratórias – quadro que tem acometido até 15% do total de vítimas do coronavírus em outros países (uma das principais consequências da infecção é um quadro de pneumonia). Contudo, nem todos os respiradores estão empregados em UTIs, o que explica existirem em maior número do que essas vagas – são 55.101 leitos de UTI e 61.219 respiradores no país. (Fonte: UOL)

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