RIO DE JANEIRO (Reuters) - Com uma lista com poucas novidades e polêmicas, o técnico Tite chega à Copa do Mundo da Rússia com grande aprovação e confiança, mas também com um elevado grau de responsabilidade na busca do Brasil pelo hexacampeonato mundial.
Nesta segunda-feira, durante o anúncio dos 23 convocados para o Mundial, não se viu ou ouviu o tradicional frisson após a leitura de um nome polêmico por um treinador da seleção brasileira. Depois de ter chamado no período de preparação 64 atletas, Tite não trouxe uma grande surpresa na lista.
O treinador brasileiro coleciona apenas uma derrota desde que assumiu a seleção, há quase dois anos. Ele conseguiu reconstruir um time abalado pelo fracasso em casa na Copa de 2014 ao garantir uma classificação antecipada para o Mundial. Apesar do bom retrospecto, Tite admite que vai à Rússia para sua primeira Copa do Mundo com um frio na barriga.
"Não sou super-homem, sim tenho (medo e frio na barriga), mas tenho coragem para enfrentar os desafios”, disse ele a jornalistas após apresentar a lista de convocados.
Tite chamou os laterais-direitos Fágner e Danilo, que irão disputar a posição de titular da equipe na ausência do lesionado Daniel Alves, e o zagueiro do Grêmio Pedro Geromel, que teve poucas oportunidades na seleção mas que tem se destacado por seu clube. Entre as ausências mais sentidas por alguns ex-jogadores e comentaristas esportivos estão os meias do Grêmio Luan e Arthur, porém a maioria admite que o técnico tem sido coerente.
Nas últimas convocações para Copa, a polêmica quase sempre esteve presente na seleção brasileira. No Mundial de 2014, realizado no Brasil, o técnico Luiz Felipe Scolari surpreendeu ao chamar o zagueiro Henrique, hoje no Corinthians, e havia quem defendesse a presença de um atleta mais experiente como Robinho ou Kaká.
Antes da Copa de 2010, Dunga foi pressionado para levar a dupla de jovens Neymar e Ganso, que vinha encantando a todos pelo Santos. Em 2002, Felipão quase foi agredido por populares na porta da antiga sede da CBF ao deixar de fora o atacante Romário, que havia sido cortado da Copa da Mundo de 1998 por lesão.
“Essa seleção não é uma unanimidade. Todos sabemos das nossas responsabilidades de resultados. Não temos muita margem e temos que assumir elas e seguir para frente”, disse o coordenador de seleções, Edu Gaspar.
Seis jogadores da atual lista são remanescentes do fracasso em 2014: Marcelo, Paulinho, Willian, Thiago Silva, Fernandinho e Neymar.
O nome de menor consenso é o do atacante Taison, do Shakthar. O técnico Tite destacou a participação do jogador em partidas internacionais para justificar a presença do atacante de velocidade na lista final. A versatilidade dele também ajudou na escolha feita pelo treinador.
"Ele tem 80 jogos entre Champions e Europa League, além de ser campeão com Internacional na Sul-Americana comigo. Ele pode jogar por dentro (mais perto da área) ou por fora", avaliou.
O Brasil inicia sua preparação na semana que vem na Granja Comary, em Teresópolis (RJ), e depois segue para a Europa para dar continuidade aos treinos e disputa de amistosos. Filipe Luís, Marcelo e Casemiro vão se apresentar direto na Europa, já que vão estar envolvidos nas finais de Liga dos Campeões e Liga Europa com seus clubes.

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