Foto: Waldemir Barreto / Agência Senado
Executivos da Odebrecht mencionaram, em delação premiada à força-tarefa da Lava Jato, a doação de R$ 500 mil à senadora Marta Suplicy (PMDB-SP), via caixa dois, na campanha de 2010 pelo PT. O valor é equivalente é R$ 757 mil, se corrigido pela inflação do período. De acordo com a Folha, a citação à senadora integra um dos volumes preliminares da negociação com os procuradores e tais informações podem entrar na versão final, caso o acordo de delação seja fechado. Os executivos explicaram que a negociação sobre o valor repassado foi feita com o empresário Márcio Toledo, hoje marido de Marta, mas à época namorado da senaodra. Toledo atuou nos bastidores da coordenação da campanha e na articulação por doadores. Em junho do ano passado, o nome da ex-petista apareceu em laudo da Polícia Federal mostrando que sua campanha para o Senado recebeu R$ 100 mil em doações oficiais de duas empresas do lobista Julio Camargo mas esta é a primeira vez em que aparece como beneficiária de caixa dois na investigação. Por meio de sua assessora, a senadora negou que tenha recebido doações da Odebrecht. "Os responsáveis pela arrecadação e prestação de contas foram o tesoureiro da campanha e o Comitê Financeiro Único do PT. Todas as doações da campanha foram contabilizadas oficialmente e declaradas à Justiça Eleitoral", diz a nota. Sobre ter intermediado a negociação do suposto repasse, Márcio Toledo disse que a declaração é "leviana e mentirosa".
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