A semana começou turbulenta para a presidência da República, com a crescente indicação de votos favoráveis ao processo de impeachment, em tramitação na Câmara dos Deputados. O vazamento de um áudio do vice-presidente Michel Temer (PMDB) em que dava como certo o afastamento de Dilma, foi mais uma faísca na já alastrada fogueira da crise política que paralisa o Brasil.
Para que o processo de impeachment siga para o Senador, 342 dos 513 deputados federais devem votar a favor do impedimento da presidente. Dois deputados petrolinenses aumentam a conta de votos favoráveis ao afastamento de Dilma, são eles Fernando Filho e Gonzaga Patriota, ambos filiados ao PSB. Os socialistas já defenderam seus votos a favor da retirada da petista do poder.
Outro deputado, também de Petrolina, não se definiu sobre seu voto, Adalberto Cavalcanti (PTB) ainda está com posicionamento indefinido e tem até sexta para decidir se caminha contra ou favor da permanência de Dilma na presidência.
Com o desembarque de partidos aliados como o PP, o Planalto corre contra o tempo para angariar votos contrários ao processo de impeachment. Com uma base fragilizada e perdendo cada vez mais contendores, Dilma e a equipe presidencial tentam blindar o governo petista de uma saída compulsória da liderança do país. A votação do processo deve ter início na sexta-feira (15), mas só deve terminar no domingo, quando todos os deputados devem declarar abertamente os seus votos. O rito da votação tem, entre outras etapas, momentos para que defesa e acusação defendam seus argumentos. A semana ainda promete ser longa para Brasília e para os brasileiros. (Daniel Campos)
Blog do Banana
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