Praça Alfredo Viana, centro de Jaguarari

Desde o início do ano de 2023 até o final do mês de agosto, a Polícia Civil de Jaguarari já reuniu ao menos 70 boletins de ocorrência por crime de estelionato no município, além destes, há outras 12 denúncias feitas pela Delegacia Digital e aguarda a apreciação da autoridade policial. Segundo dados, a cada três dias uma pessoa é vítima de golpe em Jaguarari. Atualmente, este tipo de fraude tem ocorrido de maneira mais comum através dos meios digitais, redes sociais e aplicativos. O prejuízo financeiro ultrapassa o valor de R$ 50 mil, segundo levantamento através dos B.Os. 

Os últimos casos registrados foi de uma mulher que descobriu três saques realizados em sua conta bancária e um contrato da Netflix, que ela afirma não ter conhecimento dessas operações. O outro, segundo informações, uma mulher perdeu uma determinada quantia em dinheiro e não teve mais acesso a sua conta no Instagram, após cair no golpe do falso investimento, onde, ela depositava valores via pix e teria um suposto retorno em dinheiro, maior do que foi investido, fato que não ocorreu.

Em Jaguarari, o crime de estelionato, através de diversas formas de golpes vêm cada vez mais fazendo vítimas todas as semanas e de várias idades, desde o jovem ao idoso. O que assusta a população é a facilidade em que os criminosos têm obtido êxito em suas investidas. Um dos pontos é a expansão do ciberespaço, das redes sociais, do comércio eletrônico e da digitalização dos meios de pagamento, o alcance do estelionato é praticamente infinito. Por outro lado, a capacidade de as polícias investigarem está condicionada às fronteiras, aos escassos recursos físicos das corporações.

Acredita-se que em Jaguarari, o número de vítimas de golpes pode ser muito maior, pelo fato que acontecem episódios que não são comunicados à polícia, seja porque o golpe não se concretizou ou porque a vítima opta por não fazer a ocorrência. Não é incomum que as pessoas lesadas desistam de buscar ajuda, motivadas por medo, culpa ou vergonha de terem sido ludibriadas.

Assim, é comumente alcunhado de “171”, número que se refere ao artigo do Código Penal. É um crime, geralmente, contra o patrimônio, para a obtenção de vantagens e mesmo com diversos alertas e divulgações de casos no município, as pessoas persistem em acreditar em certas narrativas e acabam caindo nos golpes, em determinadas ocasiões, a vítima pode estar passando por problemas financeiros e visualiza naquela suposta oportunidade uma forma de paliativo da sua situação econômica ou até mesmo querendo levar vantagem em algo, a exemplo de pessoas que perderam milhares de reais e até dólares em golpes.

Algumas dicas:

• Não acredite em lucro fácil ou vantagens que pareçam muito atrativas;

• Não acesse links na internet dos quais não tem segurança;

• Não faça depósitos bancários e nem recargas de celulares para quem não conhece;

• Tome cuidado ao imprimir segunda via de boleto em sites e ao fazer compras online. Golpistas podem criar sites falsos para enganar os clientes;

• Se receber contato por telefonema ou mensagem de familiar pedindo ajuda, certifique-se de que é real. Telefone para a pessoa antes de qualquer transferência;

• Se estiver vendendo algo, não entregue o bem antes de ter certeza de que recebeu o valor do pagamento;

• No WhatsApp, habilite a verificação em duas etapas e não forneça esse tipo de código por telefone. O mesmo cuidado vale para outros aplicativos - de compras e bancos - que tenham o recurso de verificação em duas etapas;

• Se for vítima, registre o caso em uma Delegacia da Polícia Civil ou pela Delegacia Digital. Tente repassar aos policiais o máximo de informações sobre os golpistas.

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