A largada foi dada pelo Núcleo de Estudos e Pesquisas de Plantas Medicinais (Neplame) da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf). Além da instituição genuinamente nordestina, a Universidade de Bergen, da Noruega, também entrou no projeto. Pesquisadores das duas instituições encontraram moléculas em algumas plantas nativas do Nordeste com potenciais suficientes para inibir o vírus causador da pandemia.
Entre as espécies, duas famílias de plantas chamam atenção. Uma delas, inclusive, foi coletada em solo baiano, na cidade de Jaguarari, a 400 km de Salvador: a Annonaceae (da mesma família da pinha e da graviola). As plantas da família Passifloraceae, como o maracujá, também são analisadas no estudo.
Insumo
A pesquisa tem ainda outra importância. “Um estudo como este serve como pilar na criação de insumos farmacêuticos para medicamentos e vacinas. Investindo na ciência, nosso país tem potencial para exportar insumos, reduzindo a dependência externa, como tivemos com os chineses e indianos na produção de vacinas contra o coronavírus. Sem ciência, não existe futuro”, ressalta o coordenador.
Para o botânico Ricardo Cardim, o Brasil tem potencial para ser o número 1 na fabricação natural de insumos, medicamentos e vacinas para diversas doenças, não apenas contra o coronavírus. O problema é que nós mesmos estamos destruindo esta capacidade.
Postar um comentário