Neste  dia Internacional da Mulher, o blog convidou para uma entrevista, mulheres que lutam e constroem, no dia a dia em Petrolina e Juazeiro. Cada uma com sua função e responsabilidade. Cada uma com seus sonhos e realizações, cada uma com seus desejos e aflições.
Uma das convidadas é a radialista Karine Araujo da Paixão, 35 anos, baiana de Jaguarari-BA, jornalista, funcionaria da Rádio Grande Rio Fm, casada e dois filhos.
Na entrevista ela aborda muitos assuntos importantes para o dia a dia das mulheres. Acompanhe.
Em um mundo tão agitado e cheio de surpresas, como celebrar a vida? 
Karine – Valorizando o que realmente importa. Às vezes perdemos tempo reclamando e correndo atrás de coisas que não nos acrescentam e acabamos frustrados. Precisamos sempre contabilizar as conquistas pra correr atrás do que realmente faz falta.
Quais as principais barreiras para a entrada das mulheres no mercado de trabalho e quais ações poderiam mudar esse quadro de desigualdade, de oportunidades e salários?
Karine – Temos as dificuldades relacionadas a visão patriarcal. Parece superado, mas a verdade é que mesmo qualificadas as mulheres são vistas como complemento e não arrimo de família, até quando as chefiam. Tem empregador que assume a preferência por homens porque estes não engravidam. O direito a licença maternidade é visto como defeito. Seria necessário o reconhecimento do empoderamento feminino e também que os parceiros assumam as atividades domésticas dividindo efetivamente essa segunda jornada de trabalho. Precisamos de uma reconfiguração da sociedade.
Estudos mostram que as mulheres, em particular, estão buscando uma melhor qualidade de vida, reavaliando sua relação com o trabalho e família. Qual a sua opinião sobre isso? 
Karine – Sou favorável e até sonho com isso. Mas para todos os trabalhadores, independente de gênero.  Qualidade de vida é um direito de todos. Seria interessante a remuneração por produtividade e não pela escravidão da carga horária. 
Você acredita que o Brasil alcançará a igualdade de gêneros no mercado de trabalho? O que será preciso para chegar a esse patamar?
Karine – Considero difícil, mas se tivéssemos mais representações femininas na política  teríamos uma luta mais efetiva por essa igualdade.
E sobre você e sua vida, o que tem a celebrar neste dia internacional da mulher? 
Karine – O respeito adquirido no desempenho da minha profissão. Dividir a educação e cuidados com um companheiro consciente da igualdade de gêneros. Ver meus filhos crescendo e entendendo que meninas são tão competentes e divertidas quanto meninos. Isso me impulsiona a militar por um mundo mais justo.
Como ser uma profissional vitoriosa?
Karine – A gente conquista essa vitória a cada dia. A luta não acaba principalmente quando trabalhamos com informação.
Se dinheiro não importasse, o que você gostaria de fazer da vida? 
Karine – Artesanato. Inclusive é meu passatempo favorito.
Você é apaixonado por alguma causa social? Qual?
Karine – Cuidado com o meio ambiente. Fico arrasada com a degradação ambiental.
Qual foi a coisa mais interessante que você aprendeu recentemente? 
Karine – Que não podemos controlar tudo.  Ter resiliência é fundamental para a nossa saúde mental.
Qual é a importância de Petrolina em sua vida. O que é Petrolina para você?
Karine – Petrolina é orgulho.  A projeção dessa cidade impressiona e nos faz querer crescer junto.
Qual a sua mensagem neste dia internacional da mulher, para as mulheres que ainda precisam avançar no campo profissional. 
Karine – Sejam mulheres que levantam as outras. Exaltem qualidades, vejam pontos positivos, formem cidadãos conscientes sobre igualdade, empatia. Nossa missão é tornar esse mundo melhor. Juntas somos mais fortes.

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