Os quatro homens presos na manhã dessa segunda-feira (14) após tentarem assaltar uma agência bancária na Pituba, em Salvador, contavam com o auxílio de um equipamento avaliado em R$ 50 mil. Trata-se de um bloqueador de sinal utilizado pela quadrilha que tem um alcance de até 25 metros, e consegue bloquear, além de sinais de celular, câmeras de segurança. O grupo não utilizava armas durante as ações criminosas.
O coordenador do Grupo de Repressão a Roubos a Banco e Antisequestro do Departamento de Repressão e Combate ao Crime Organizado (Draco), delegado Paulo Roberto Guimarães, informou que os suspeitos contaram que o bloqueador de sinal foi comprado no Paraguai.
“Ele emite um som que bloqueia o sinal de celulares e câmeras de segurança, o que facilita o assalto a instituições. Eles são uma quadrilha de arrombamento, e não usam explosivos ou arma”, explicou o delegado.
Além do bloqueador, a quadrilha também utilizava martelete industrial, furadeira manual e lixadeira.
Segundo a polícia, Evandro Fernando de França Dias, 29 anos, Alexandre de Cosso Meza, 29, e Renan Cerilo Silva, 31, foram localizados em uma casa considerada de luxo no bairro de Praia do Flamengo, para onde fugiram após a tentativa frustrada de roubo à agência na Pituba.
Eles já teriam ocupado outras duas casas no mesmo bairro antes de serem encontrados. Os policiais chegaram por volta das 4h na residência, mas só decidiram invadir o local por volta das 8h30. 
"Eles não resistiram à prisão. Não tinham armas mesmo", comentou Guimarães.
Já Miguel Pereira da Silva, 37, que utilizava o nome falso de Michel e é apontado como líder do grupo, foi preso em uma casa localizada no município de Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador (RMS). Os policiais chegaram até o suspeito após registrarem a utilização de um carro HB20 clonado na região. A proprietária original do carro alegou que recebia diversas multas vindas do município. 
Matogrossenses
Miguel tinha passagem por furto a banco em 2013, no estado de Sergipe. Ele também possuía um mandado de prisão em aberto no Mato Grosso, estado de origem de todos os quatro.
Segundo as investigações, Alexandre era o responsável pelo corte do cofre, Miguel escolhia o alvo da ação, Evandro era o elo
entre Alexandre e Miguel, e Renan costumava ficar do lado de fora da instituição, aguardando os colegas dentro do carro.
Os quatro negam participação nessa tentativa de assalto na Pituba, porém, confessam ter participado do assalto a uma farmácia Drogasil em Feira de Santana, durante a Micareta de Feira, em abril deste ano, além de outra tentativa de furto a banco, na cidade de Dias D'Ávila, na RMS.
De 1º de janeiro até essa segunda-feira (14), o Sindicato dos Bancários da Bahia já havia registrado 111 ataques a bancos ou caixas eletrônicos em todo o estado, sendo 28 dos casos na modalidade arrombamento (tentado ou consumado).
O assalto
De acordo com a polícia, a quadrilha foi presa na manhã dessa segunda-feira (14) após tentar assaltar uma agência do Banco do Brasil, na Pituba, durante a madrugada. Depois que o alarme da instiuição foi acionado, o grupo fugiu para a mansão em Praia do Flamengo.
Equipes do Draco, da Coordenação de Operações Especiais (COE) e do Departamento de Inteligência Policial (DIP) da Polícia Civil apuravam, há três meses, a atuação de Evandro, Alexandre, Renan e Miguel.
"Esta quadrilha atuava sempre arrombando bancos, na madrugada, em todo o Brasil. Inclusive Michel tinha mandado de prisão, no seu estado de origem, pela prática de roubos", contou o diretor do Draco, delegado Marcelo Sansão.
Ainda segundo o delegado, os crimiosos já teriam atuado em outras ações ocorridas em Pernambuco.
*Com supervisão do chefe de reportagem Jorge Gauthier.

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