A Câmara de Vereadores de Jaguarari, em Sessão Ordinária realizada na tarde desta quinta-feira, 01/03/2018, leu a denúncia apresentada pelo Policial Militar da Reserva, Capitão Jânio Pimentel, contra o prefeito Everton Carvalho Rocha (PSDB), por cometimento de infração político-administrativa ao apresentar ao Legislativo, com atraso, a LOA – Lei Orçamentária Anual, além, claro, de não a apresentar de forma regular, sendo necessárias inúmeras modificações pelos edis, todas sancionadas pelo infrator no último dia 9 de fevereiro, o que comprova, ainda mais, as irregularidades constantes da proposta original. A denúncia é respaldada no Decreto de Lei Nº 201/67, Art. 4º: São infrações político-administrativas dos Prefeitos Municipais sujeitas ao julgamento pela Câmara dos Vereadores e sancionadas com a cassação do mandato: V - Deixar de apresentar à Câmara, no devido tempo, e em forma regular, a proposta orçamentária; e também na Lei Orgânica do Município.
Lida a denúncia, os vereadores Adenir Bonfim (PSD), Franco Melo (PDT), Josimar Zuza (PP), Zé Galego (SD), Val (PT), Paulinho Morgado (PV), Marcos Quito (PV), Regis do Joel (PSDB), Budé (PDT), Márcio Gomes (PSDB) e William Rogers (PSDB) votaram pela aceitação, já os vereadores Dourival Borges (PSDB) e Louri da Barrinha (PDT) votaram contra, selando o placar de 11x2.
Os dias que antecederam a Sessão foram marcados pelo retorno “estranho” do vereador Dourival Borges para o grupo do prefeito (cassado) Everton Rocha, mas como o vereador tem o perfil de “brincalhão”, toda a população que torcia pelo G12 imaginava que fosse mais um boato da política de Jaguarari, mas ao ver e ouvir o edil ser contra a aceitação e abertura da investigação, muitos boatos passaram a soar como sinônimo de verdade, haja vista a circunstância e o delicado momento em que Dourival mudou sua postura pró-Povo para pró-Everton Rocha.
Everton Rocha entra definitivamente para a história política de Jaguarari e da maioria dos municípios baianos como o único prefeito que, em 14 meses afundou o município, que tem o maior número de investigações pelo Ministério Público, que detém a maior rejeição (tanto dentro quanto fora do próprio grupo político), que não realizou nenhuma obra, que perdeu o maior número de aliados e vereadores da base, o que teve o mandato cassado* em menos de 2 anos, que acumula o maior número de investigações por CPP’s, que não reajustou os salários dos servidores no 1º ano de mandato, que mais gastou com festas e que mantém-se no cargo por efeito de liminar.
Através de sorteio, onde não participaram os edis Márcio Gomes, Dourival Borges, William Rogers e Reges do Joel, por serem membros da Mesa Diretora da Casa, a CPP - Comissão Parlamentar Processante ficou assim definida: Presidente: Paulo Rodrigo Morgado, Relator: Marcos Paulo de Almeida, Membro: José Narciso do Santos. Após notificar o denunciado, prefeito Everton Rocha, a CPP terá o prazo de até 90 dias para concluir o relatório com a indicação de prosseguimento ou arquivamento, que deverá ser deliberada em Sessão Extraordinária, com data ainda não definida.

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