Crédito: Rafael Santana/TV Servidor
O presidente da Câmara, Márcio Gomes, acompanhado do vereador Regis do Joel, ambos do PSDB, do município de Jaguarari, foram recebidos na tarde de quarta-feira (8), pelo presidente da Câmara Municipal de Salvador, vereador Leo Prates (DEM), para uma reunião com o superintendente do Banco do Brasil em Salvador e em Brasília e também com deputados estaduais e federais para buscarem alternativas que impeçam o fechamento do Banco do Brasil em Jaguarari após a agência ter sofrido uma explosão no dia 2 de outubro deste ano, fruto de assalto praticado por criminosos. O prefeito da cidade, Everton Carvalho Rocha, já esteve na capital baiana na tentativa de solucionar o impasse sobre a permanência e reativação da agência bancária no município. 
O presidente da Câmara de Jaguarari, Márcio Gomes, informou em entrevista ao TV Servidor que sob o argumento do Banco do Brasil de que a cidade não oferece segurança suficiente em virtude do ocorrido, a instituição bancária anunciou o fechamento da agência na cidade, causando grande descontentamento em toda a população e mobilizando autoridades e representantes do poder público do município em busca de solução para o transtorno que a população passou a sofrer desde então.
Gomes vê o fechamento da agência como um retrocesso e avalia como desrespeitosa a posição do banco com seus clientes: a população da cidade, comerciantes e de seu entorno. “O município de Jaguarari não oferece nenhum motivo para a retirada da agência do Banco do Brasil, nem mesmo o alegado, que é a falta de segurança, pois os riscos são os mesmos em qualquer lugar. Estamos nos mobilizando de todas as formas no sentido de reverter a situação, pois não podemos permitir que o povo seja prejudicado e que o município contraia tamanho prejuízo”, desabafa o presidente da Câmara no município.
Para o chefe do poder legislativo local, a permanência da agência no município é imprescindível e a sua retirada vem de encontro com o crescimento da cidade, com as necessidades da população e também com o papel social que a instituição deve dispensar aos seus clientes em todo o País, incluindo aí Jaguarari. “Não encontramos uma razão sequer para que o Banco do Brasil feche a agência de Jaguarari, o que representa uma perda significativa para toda a nossa população que já está sendo bastante prejudicada, por isso estamos aqui hoje”, disse Gomes indignado durante reunião na Câmara de Salvador.
Mostrando-se igualmente indignado com a atual situação por que passa a população de Jaguarari, o vereador Regis do Joel, que é também segundo secretário da Câmara local, disse que essa é uma péssima decisão. “O motivo de estarmos hoje aqui reunidos é para que possamos buscar uma solução para esse grande problema e para podermos fazer algo pela permanência da agência em Jaguarari e vamos continuar nos mobilizando para que isso aconteça. Esse é um movimento suprapartidário, porque é um movimento para o bem da população de Jaguarari”, afirma.
Gomes se disse bastante animado com a condução do movimento em favor da permanência da agência do banco em Jaguarari e que classificou a decisão do Banco do Brasil como um grande erro. “Nós estamos lutando, o Banco alega que a falta de segurança é o maior problema, mas sabemos que a criminalidade com relação aos bancos está em todo lugar. Então, esse discurso não nos convence e esse é um grande transtorno para a sociedade. Não tem sentido essa alegação”, pondera.
O presidente do legislativo municipal disse que recebeu a notícia do fechamento da agência com tristeza e lamentou, tendo em vista que a agência do Banco do Brasil é muito importante não só para o município mas para toda a região. “O banco tem suas políticas e estas foram colocadas aqui, agora nós vamos encaminhar uma reunião na superintendência do Banco em Salvador e em Brasília onde há um poder de decisão maior, para que possamos reverter essa situação, e ver se conseguimos a permanência e a reativação da agência para podermos ajudar a população, o comércio e a economia local. Enquanto isso, vamos continuar insistindo, na próxima semana devemos ter uma reunião com o deputado federal José Carlos Aleluia em Brasília para que possamos evitar que o banco feche por completo”, disse Gomes, ao lembrar também que há um documento elaborado pela Associação Comercial Industrial e Agrícola de Jaguarari (ACIAJ) assinado pelo próprio prefeito da cidade, presidente da Câmara do município e também pela presidente da Associação, Ruthe Sylmara de Oliveira Batista Andrade, que requer providências e soluções para o impasse sobre a agência na cidade.
Engajado também na causa e unindo as forças com chefe do legislativo e os demais, entre eles, comerciantes, empresários e a população em geral, o vereador Regis do Joel disse que a mobilização em favor da permanência da agência do Banco do Brasil em Jaguarari já é uma força tarefa e não faz sentido que o município seja tão castigado. “Nada justifica o fechamento da agência. Não aceitamos que o banco alegue que não há segurança na região e que a agência não seja lucrativa. Tem a folha dos funcionários municipais, tem os aposentados e pensionistas, e os beneficiários de programas sociais, além de correntistas. Nada justifica esse fechamento”, defende o vereador.
Conforme o presidente Márcio Gomes, o Banco informou que no prazo de 60 dias vai avaliar a decisão de permanência e reativação da agência no município, mas pelo relato do parlamentar, o fechamento da agência do Banco do Brasil em Jaguarari é um verdadeiro retrocesso que vem gerando um grande prejuízo na cidade.
“Os benefícios sociais, aposentados, pensionistas e a folha da prefeitura recebem tudo pelo Banco do Brasil. Os bandidos explodiram o banco no dia 2 de outubro. Quando foi no dia 10, o prefeito veio a Salvador com o deputado estadual Roberto Carlos ligado ao governo na superintendência do Banco do Brasil, que informou que não irá dar nenhuma posição, mas deu 60 dias para avaliar se vai reabrir o banco ou não. A cidade tem 37 mil habitantes, com um comércio hoje que emprega e gira dentro do município com um montante igual ao da prefeitura que é de R$ 5 milhões por mês, tudo através do Banco do Brasil. Com a saída no banco, o pensionista, o aposentado ou o funcionário público vem da zona rural para ir até Bonfim que fica há 2 km, uma cidade com 100 mil habitantes. O comércio de Jaguarari já está cogitando demissões por causa da falta do banco”, relata Gomes.
Rafael Santana / TV Servidor

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