Produtos selecionados derivados do licuri, umbu e do maracujá da caatinga, cacau e mel estarão expostos e para a comercialização durante a realização do Terra Madre 2016, que começa nesta quinta-feira (22), em Turim, na Itália e reúne 150 países, organizado pelo Movimento Slow Food. A delegação baiana é formada por representantes da Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR) e agricultores familiares.

O evento, que acontece a cada dois anos e está na 7ª edição, segue até a próxima segunda-feira (26), com uma programação diversificada, voltadas para a produção de alimentos, que se enquadrem nos princípios de serem de qualidade, limpos e justos e valorizem na sua produção aspectos socioeconômicos, ambientais e culturais. Acontecerão fóruns de discussão, vendas de produtos, degustações, ecogastronomia, debates, e visitas técnicas visando melhorar as fragilidades de alguns produtos.

O Brasil estará representado com um total de 30 produtos, sendo cinco deles da Bahia. Segundo o coordenador comercial da Cooperativa de Agropecuária Familiar de Canudos, Uauá e Curaçá (Coopercuc), José Gonçalves, que participou de todas as edições do evento internacional e está levando o umbu nas versões de doce de corte e compota. “A expectativa com a participação no Terra Madre é de trocar experiências  com outros empreendimentos e buscar novos e possíveis mercados na Europa”, destacou.

Segundo Gonçalves, a participação em eventos é de suma importância porque contribui para o crescimento do empreendimento, além de ampliar os conhecimentos sobre alimentação e deixar um legado das culturas dos diversos participantes.

Durante o evento, o superintendente da Agricultura Familiar (Suaf/SDR), Marcelo Matos, fará apresentação das ações do Governo da Bahia para a agricultura familiar. Matos participa ainda de uma visita de estudos na Região de Veneto, no período 27 a 29 de setembro.

Terra Madre
O evento reúne produtores e profissionais do setor agroalimentar mundial que terão a oportunidade de discutir sobre as grandes temáticas da produção e do consumo alimentar, bem como, os seus impactos ambientais e sociais. “Os participantes representam um modo diferente e mais complexo de entender a alimentação de qualidade, atenta aos recursos ambientais, ao equilíbrio do planeta, a dignidade dos trabalhadores e a saúde dos consumidores”, observa Revecca Tapie, facilitadora da região Nordeste do Slow Food Brasil.
  
Projeto GLob
O Movimento Slow Food é vinculado ao Projeto GLoB, realizado por meio de uma parceria entre o Governo da Bahia, através da Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), Instituto Regional da Pequena Agropecuária Apropriada (IRPAA), Cooperazione per lo Sviluppo dei Paesi Emergent (COSPE), Regione del Vêneto, Fundazione di Venezia, Fundação Slow Food e União Europeia.

A iniciativa, que atua na formulação e implementação de políticas, programas e intervenções para a promoção do desenvolvimento sustentável e preservação e valorização da agrobiodiversidade, está sendo executada no Brasil, Angola e Moçambique, e vem estimulando a cooperação internacional, a partir de práticas de desenvolvimento local. Na Bahia, o projeto é executado no Território de Identidade Sertão do São Francisco.

No evento serão apresentadas as experiências do Projeto de Governança Local para a Biodiversidade (GLoB), no Brasil, na Angola e no Moçambique. 

Durante todo o evento, acontece a Exposição Fotográfica dedicada ao projeto GLoB, montada no Castelo Valentino, com fotografias de  profissionais das três áreas de atuação do projeto (Maputo, em Moçambique, Namibe, em Angola, e Bahia, no Brasil). O acervo mostra os territórios, produtores e produtos que preservam a biodiversidade local desses países. 

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