Jornalistas e radialistas da TV Cultura decidiram em assembleia, realizada na segunda (5), entrar em greve a partir desta quinta-feira (8). Os funcionários reivindicam reajuste nos salários, congelados desde 2014 para os radialistas e 2013, para os jornalistas. Demandam o cálculo com base na inflação do período, mais 3% de aumento real. Também pedem aumento do valor de vale alimentação, refeição e creche, além do planejamento da escala de folgas e de trabalho com um mês de antecedência.
 
"Estamos tentando negociar desde o final de junho, mas a Cultura foi irredutível. Não querem negociar, dizem que o governo não autoriza", diz Sergio Ipoldo, diretor do Sindicato dos Radialistas de São Paulo. Em 2015, os funcionários paralisaram suas atividades em junho e ameaçaram entrar novamente em greve em julho, após a demissão de mais de 50 funcionários, por não terem a garantia do pagamento da multa do fundo de garantia nem o aviso prévio.
 
Com queda de 53,4% dos repasses do governo do Estado de São Paulo, principal fonte de renda da Cultura, a TV pública reduziu em 15,59% os gastos com custos de pessoal em 2016. O orçamento total deste ano, de R$ 166 milhões, é 4,07% menor do que em 2015.
Ipoldo comenta que o sindicato espera adesão de 90% dos funcionários à greve, levando em conta o público da assembleia. Em paralisações anteriores, a programação foi levada ao ar pela chefia do canal, diz o dirigente. Procurada, a emissora não respondeu até as 15h. Por FolhaPress | Fotos: Reprodução

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